segunda-feira, 22 de abril de 2024

Curso diocesano de Liturgia capacita agentes de pastoral na diocese de Coari


A Igreja por sua natureza é missionária. Evangelizamos e construímos o Reino de Deus anunciando, realizando as obras de caridade e celebrando os mistérios de Deus. A liturgia bem celebrada nos evangeliza e aproxima de Deus e dos irmãos. Esta tarefa cabe aos ministros ordenados e a todos os batizados. A Diocese de Coari reafirma seu compromisso com a formação dos leigos e leigas, promovendo cursos, encontros e troca de experiencia num clima de sinodalidade. Entre os dias 19 e 21 de abril de 2024, a Casa de Retiro Santo Afonso e Centro de Formação Missionária da Diocese de Coari acolheu o Curso de Liturgia Diocesano, uma iniciativa promovida pela Coordenação Diocesana de Pastoral. 

O curso diocesano de Liturgia trouxe uma abordagem atualizada e inteiramente enriquecida, pautadas nos documentos litúrgicos e na edição mais recente do Missal Romano. Os temas abordados foram: “Os Ministérios na Igreja”, “Ano Litúrgico” e “Instrução do Missal Romano” na parte da Missa com o Povo. O curso reuniu ao todo 86 pessoas, provenientes das paróquias de Codajás, Anori, Anamã, Manacapuru e Coari. Os participantes retornando as suas Paroquias vão repassar o conteúdo as suas respectivas Comunidades.



O curso iniciou com a Santa Missa na sexta feira, presidida por Padre Felipe Jorge, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Codajás e Assessor Diocesano da Pastoral Litúrgica. Após a Celebração Eucarística, o Padre Valdivino Araújo, pároco da Paróquia Sant'Ana e São Sebastião, em Coari, foi um dos palestrantes abordando, no início do curso, a função e a sacralidade dos diversos Ministérios na Igreja e a Instrução Geral do Missal Romano. Sua apresentação enfatizou a necessidade de uma assembleia atuante, participante da Missa como Corpo de Cristo. Outro destaque foi a contribuição da Irmã Graça, Pia Discípula do Divino Mestre, que enfatizou a importância do mistério celebrativo durante o Ano Litúrgico na Igreja e fez algumas vivências rituais. Suas colocações trouxeram reflexões valiosas sobre a vivência e compreensão dos ritos ao longo do Ano Litúrgico.

Esses três dias foram marcados por intensos momentos de aprendizado sobre o mistério celebrado na Missa, reforçando a importância de uma preparação adequada para uma participação ativa e consciente no Mistério Pascal de Jesus. A Diocese de Coari reafirma seu compromisso com a formação dos leigos e leigas, promovendo cursos como este na Casa de Retiro e Centro de Formação Missionária. Além de capacitar os agentes de pastorais, essas iniciativas contribuem para o fortalecimento da vida litúrgica e pastoral na diocese. Que estes momentos de formação seja também um impulso para que todos possam rezar e trabalhar pela promoção das vocações na Igreja particular de Coari, fortalecendo assim a missão evangelizadora de toda a Diocese.


Diocese de Coari

Seminário São José lança sua Festa 2024, a ser realizada 31 de agosto


No dia posterior do Domingo do Bom Pastor, em que a Igreja católica celebra a Jornada Mundial de Oração pelas Vocações, um momento importante na vida daqueles que se preparam para assumir o ministério presbiteral, o Seminário São José da Arquidiocese de Manaus, onde se formam os seminaristas das nove Igrejas particulares que formam o Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), lançou a Festa do Seminário São José 2024, que irá acontecer no dia 31 de agosto.

Neste ano, o tema da festa, bem como todo material visual, é inspirado na Campanha da Fraternidade 2024, que teve como tema “Fraternidade e Amizade Social”, e como lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23, 8). Uma temática de grande importância para a sociedade, para a Igreja e para aqueles que percorrem o caminho formativo em vista do presbiterato.

A Festa do Seminário São José é uma iniciativa que promove o encontro dos seminaristas com as paróquias e comunidades da arquidiocese de Manaus, sendo também um momento em que se promove a captação de recursos para sustentar as despesas do próprio Seminário. Um evento que envolve as comunidades, áreas missionárias e paróquias, assim como as pastorais, serviços e movimentos da arquidiocese de Manaus.



A festa do Seminário São José foi estabelecida em 1990 por iniciativa do arcebispo de Manaus, dom Clóvis Frainer, como modo de criar corresponsabilidade para com a formação do clero local.

Ao longo dos anos a festa foi alterando o seu formato original quando cada paróquia e área missionária se tornava responsável por uma barraca de venda e no final doava toda a arrecadação para o Seminário São José. Chamada inicialmente de “Festa das Comunidades no Seminário”, atualmente o grande movimento da festa gira em torno da realização de um grande bingo e na medida do possível desde o ano de 2023, as paróquias e áreas missionárias retornam ao formato original da festa assumindo as barracas com doações e serviços na noite da festa.

A festa será realizada na sede do Seminário São José, na Rua Maromba 116, e Super Bingão terá como prêmios: 6.000 reais como primeiro prêmio; 3.000 reais para o segundo prêmio; um fogão e 500 reais, como terceiro prêmio; uma Smart Tv e 250 reais, no quarto prêmio; sendo o quinto prêmio um Smart fone e uma caixa de som. Desde já todos são convidados a colaborar e participar em um momento importante do Seminário São José de Manaus.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

domingo, 21 de abril de 2024

Dom Leonardo: “Jesus é a bondade em operação, atuando sempre, sempre ação bondosa. Não sabe não cuidar!”


No 4º Domingo da Páscoa, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner iniciou sua reflexão lembrando que nos é oferecido a passagem do bom pastor, para a meditação. “Somos provocados a contemplar a proximidade de Jesus ressuscitado, o verdadeiro Cordeiro sem mancha que tira o pecado do mundo, o verdadeiro Bom Pastor”, afirmou dom Leonardo.

Citando o texto de Evangelho que diz: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas”, o cardeal disse que “a figura, a imagem do pastor que aparece na sagrada Escritura, está ligada ao cuidado. Ovelha o somos, pois experimentamos o cuidado benevolente de Jesus. Ele a nos guiar, confortar, oferecer vida, alimento, bebida, proteção. Somos a suas ovelhas e Ele o nosso pastor”.

Lembrando que Jesus diz: “Eu sou o bom pastor”, ele afirmou que “não um pastor qualquer”, insistindo em que Jesus diz: “bom pastor”. Ele recordou que “pastor significa cuidador, protetor, condutor. No texto grego encontramos a palavra kalós para bom. Poderíamos dizer: bom, belo; Pastor belo, o belo pastor. Belo o esplendor, o brilho da manifestação de si mesmo, a beleza que se irradia da bondade e da verdade do ser. O belo é, aqui, o esplendor, o brilho da auto manifestação, da verdade do ser. Jesus é o belo pastor, pois nele brilha o esplendor da verdade, da essência do ser pastor. Bom é aquilo que é segundo o Todo. Jesus, portanto, é o bom pastor porque é o pastor “segundo o todo”, isto é, segundo Aquele Bom originário, que é o único bom, que, em sua benignidade difusiva, comunica todo o bem aos seres”, inspirado em Fernandes e Fassini,

“Um pastor que guia pela bondade, o pastor guiado pela bondade; Ele a bondade a nos conduzir. Quando diz sou a bondade que cuida, guia e conduz, está a dizer que sempre e em todos os momentos, em todas a situações, em todos os desprazeres, em todas as realizações, Ele a nos conduzir com sua bondade. Eu sou, é que está sendo sempre, de modo intermitente, sem paradas, sem descuidos, sem cochilos, sem desatenção. Eu sou! O meu ser é a bondade!”, segundo o arcebispo de Manaus.



Segundo dom Leonardo, “é sempre um hoje, é sempre presente, sempre um aqui e agora, sem passado, sem futuro, sem descanso, sem tempo, sem espaço, contendo todos os espaços e tempos no espaço e tempo da bondade. Ele a bondade em operação, atuando sempre, sempre ação bondosa. Não sabe não cuidar! Ele cuidando, velando a todas as criaturas com a sua bondade. Com desvelo materno-paternal cuida de cada criatura e gera e regenera a cada pessoa. Ele trabalha sempre! Sempre no desvelamento amoroso de não deixar nenhuma criatura, nenhuma pessoa, fora do desvelamento de sua bondade maternal”.

Maternal, ressaltou o arcebispo, “porque cuida preferencialmente, dedicadamente, cuidadosamente, sem dia e hora marcada, sem reservas, sem descanso, sem restrições, a cada uma de suas ovelhas. Ele serve sempre, porque ama sempre. O serviço-cuidado intermitente, generoso, cordial, acolhedor, guardador, justo, reto, jovial, gratuito. Assim, no seu cuidado-bondade Ele é o descanso, onde tudo descansa, repousa, se refaz e deixa-se na cordialidade da existência”, inspirado nas palavras de Cirilo de Alexandria.

“Ele é sempre presente, sem passado, sem futuro: ‘Eu sou’! Como se ressoasse aos nossos ouvidos durante toda os dias da nossa vida: sou! Jamais deixa de ser a bondade a nos cuidar. Sou! É extraordinário podemos nos dar conta que está sendo sempre, não deixa de ser e não será: sou! Talvez, não consigamos intuir a força da presença de Jesus, o Pastor. em nossa vida, na nossa cotidianidade. É confortante ver que Ele em nenhum instante, nem segundo, nem milésimo de segundo, nem um lampejo nos deixa com sua bondade cuidadosa. “Eu sou o bom pastor”; está sendo sempre”, afirmou o cardeal.

Seguindo com o texto, “o bom pastor dá a vida por suas ovelhas”, dom Leonardo Steiner destacou que “esse modo do cuidado, de pastorear bem dito como dar a vida. Coloca a sua vida à nossa disposição, a sua vida é nossa, mas a nossa na dele. A sua bondade a nos carregar até sentirmo-nos as suas ovelhas amadas. Mais, até nos darmos conta de que a bondade que nos tomou é a sua, a nos carregar”.



“O bom e belo pastor se expos à morte, despojou-se de sua vida por nós suas ovelhas, o tesouro de seu coração. Amou-nos até a morte e morte de cruz. Cuidou bondosamente de nós até a morte concedendo-nos honra, grandeza e dignidade. O pastor, o Cordeiro imolado, alimento, comida e bebida, para nós suas ovelhas, sermos conduzidas à plenitude de vida as criaturas todas. Quando menor a ovelha, quanto mais ferida a ovelha, quanto mais distante, mais bondade, desvelo, busca”, afirmou o arcebispo de Manaus.

Dom Leonardo lembrou que “somos neste domingo do evangelho do Bom Pastor, convidados a rezar pelas vocações: Dia Mundial de Oração pelas vocações. Somos pelo batismo chamados a participar da vida do Reino instaurado por Jesus com sua vida, morte e ressurreição. Toda a pessoa batizada possa colocar-se à disposição de Deus para, no exercício de uma vocação, edificar o Reino de Deus. O Reino da bondade; participar da bondade do pastor”!

O Dia Mundial de Oração pelas Vocações, segundo o cardeal, “nos convida, a admirar o dom do chamado que Deus dirige a cada um de nós. O chamado para tomar parte no seu projeto de amor e encarnar a beleza do Evangelho nos diferentes estados de vida. A vocação é o modo mais seguro que temos para alimentar o desejo de felicidade que trazemos no nosso íntimo. A nossa vida se torna plenificada, realizada plenamente, quando descobrimos quem somos, as qualidades que temos e descobrimos o caminho que podemos percorrer para nos tornarmos sinal e instrumento de amor, acolhimento, beleza e paz onde vivemos”.


O arcebispo recordou as palavras de Papa Francisco em sua mensagem para o dia de hoje. “Ele nos ensina que o Dia Mundial de Oração pelas Vocações traz gravada a marca da sinodalidade: há muitos carismas e somos chamados a escutar-nos reciprocamente e a caminhar juntos para os descobrir discernindo aquilo a que nos chama o Espírito para o bem de todos. O Espírito nos chama a todos à participação da vida nova do Ressuscitado.  A vida do Ressuscitado que nos quer peregrinos de esperança e construtores de paz. Toda vocação é sinal do Ressuscitado! Sinal do Cristo que desperta a alegria de viver em fraternidade por toda a eternidade. Que ninguém se sinta excluído do chamado à vida do Ressuscitado! Cada um de nós, no seu lugar próprio, no seu estado de vida, pode ser, com a ajuda do Espírito Santo, um semeador de esperança e de paz”.




No Domingo do bom pastor, ele fez um convite a pedir “a graça da fidelidade à vocação que recebemos. Sermos na vocação que recebemos a presença benfazeja e afável do Bom Pastor. Peçamos para os nossos jovens a graça de descobrir que a vida é bela e realizadora quando se serve com amor e fidelidade. Eles não tenham receio de amar como Jesus amou, e dar a vida como o fez Jesus. Tudo na liberdade de quem se sente amado e enviado por Deus. Possamos ter jovens que ajudem a Igreja no serviço amoroso, na bondade do pastor, sendo presbíteros, padres. Jovens que se dedicam à serviço amoroso do Reino de Deus como religiosos e religiosas, como consagradas e consagrados. Jovens que na vocação matrimonial visibilizem o amor do Reino”.

Citando o texto da segunda leitura, nele destacou: “Sermos com Jesus Ressuscitado! A vocação na dinâmica do amor é um estar sendo gerado; gestados por Deus”. Junto com isso convidou a seguir a Jesus o bom pastor! “Sermos como Jesus o bom cuidador, doador benevolente. Na vocação a que fomos chamados sermos como Jesus, pastoras, pastores”!

Comentando a primeira leitura, vê nos Atos dos Apóstolos, que “Sim em Jesus o bom pastor, somos salvos. Ele a convidar para participarmos do mistério da salvação pela sua bondade e pelo seu serviço e fidelidade. A vocação que recebemos é participação no mistério salvífico de Jesus. É participação na sua vida!”

Finalmente, o arcebispo de Manaus chamou a rezar pelos jovens: “Deus desperte neles a generosidade de entregar sua vida no cuidado dos irmãos e irmãs; deixarem-se tomar pela bondade que cuida”, encerrando suas palavras com as palavras da Oração Coleta: “Senhor, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

sábado, 20 de abril de 2024

Dom Ionilton iniciará sua missão na Prelazia do Marajó 27 de julho


No dia 27 de julho de 2024, o administrador apostólico da prelazia de Itacoatiara (AM), dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, iniciara sua missão como bispo da Prelazia do Marajó (PA), para onde foi nomeado em 3 de novembro de 2023, segundo comunicado assinado pelo bispo, dirigido aos irmãos e irmãs da Prelazia de Itacoatiara.

Segundo o comunicado, a decisão foi tomada após de algumas reuniões com o Nuncio Apostólico, Dom Giambattista Diquattro, representante do Papa no Brasil, durante a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida (SP) de 10 a 19 de abril.

A confirmação da transferência acontece depois de serem superadas “as dificuldades surgidas no mês de dezembro de 2023”. Até sua viagem para seu novo destino, dom José Ionilton continuará como bispo administrador da prelazia de Itacoatiara, cumprindo com as atividades programadas, dentre elas atender na Cúria, visitar as paróquias e comunidades, realizar reuniões e formações.

Finalmente, o bispo pede que “rezem por mim, pela nossa Prelazia de Itacoatiara, pelo Administrador que assumirá depois do dia 27 de julho e pelo novo bispo”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Dom Zenildo Lima: “Nós temos um caminho de sinodalidade, e nós voltamos mais comprometidos”


No final da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o bispo auxiliar de Manaus (AM), dom Zenildo Lima, faz um balanço do que foi vivenciado de 10 a 19 de abril de 2024 em Aparecida (SP). Ele, que já tinha participado das assembleais gerais da CNBB sendo secretário executivo do Regional Norte1, participou pela primeira vez em sua condição de bispo.

“A experiência é também uma experiência de reencontro, reencontro com este espaço e reencontro com a totalidade da Igreja do Brasil”, afirmou o bispo auxiliar. Segundo dom Zenildo, “a final de contas, a assembleia geral da CNBB é sempre um momento muito intenso de comunhão, e a gente percebe, experimenta de participar agora dessa comunhão de um modo muito mais comprometido”.

Falando sobre o tema central da 61ª Assembleia Geral da CNBB, Dom Zenildo afirma que “acredito que esta assembleia, ela teve uma particularidade, ela foi uma assembleia de início de trabalho, as diretrizes não foram concluídas nesta assembleia. Na verdade, foi uma ocasião que apresentou elementos desafiadores para a Igreja, com a análise de conjuntura social, com análise de conjuntura eclesial, com alguns temas prioritários que foram apresentados aqui, da juventude, da inteligência artificial, nós nos descobrimos como uma Igreja diante de um mundo muito desafiador, e agora colocamos elementos para que as novas diretrizes nos ajudem a sermos uma Igreja capaz de oferecer respostas”.



Falando sobre a Igreja que está na Amazônia, o bispo auxiliar de Manaus afirma que “temos uma caminhada de sinodalidade, e essa experiência de construção das diretrizes reforça o caminho que nós já fazemos como Igreja na Amazônia”. Entre os desafios a ser enfrentados, dom Zenildo afirma que “a partir do que foi apresentado aqui na análise de conjuntura social, a gente percebe esse mundo que se está construindo, muito pautado no individualismo, que gera um modelo económico muito específico, que é um modelo económico que não atende a grande parte da população, por tanto segue essa perspectiva individualista que desafia a concepção do bem comum”.

Se referindo à análise com conjuntura eclesial, ele destacou “algumas tendências de um modelo eclesiológico que também corresponde a essa espiritualidade um pouco mais intimista, um pouco mais recolhida”. Diante disso, ele considera que um grande desafio da Igreja é “um desafio de abertura, saber viver nesses novos tempos, mas também um desafio de clareza, é muito importante que nós tenhamos uma comunhão aberta, participativa, mas queremos uma comunhão muito consciente, de uma Igreja que é bastante orientada no Reino de Deus, que sabe do seu compromisso na defesa da vida, no cuidado com a casa comum, e que sabe evidentemente da sua tarefa irrenunciável do anúncio de Jesus Cristo”.

Segundo o bispo auxiliar de Manaus, “embora nós tenhamos muitos desafios pontuais, esses dois grandes elementos, acolher as novidades e ao mesmo tempo a segurança da proposta comprometedora do seguimento de Jesus”. No dia dos povos indígenas, lembrando o cuidado que o Papa Francisco pede à Igreja para os descartados, ele lembrou da imagem da catequista indígena da Igreja de Roraima que recebeu seu ministério no Santuário de Aparecida durante a 61ª Assembleia Geral da CNBB.



O bispo destacou que “a presença desta mulher indígena, para nós sinalizou o encontro da fé com a vida desses povos, um encontro que não pode ser colonizador, um encontro que é capaz de um diálogo, mas sobretudo um encontro que reconhece a primazia desses povos em seus territórios e por tanto na história da construção da nossa Pátria. O dia de hoje é uma oportunidade para retomar que um grande desafio muito concreto da Igreja do Brasil é afirmar a dignidade desses povos, sobretudo nesses tempos de muito embate, inclusive embates no campo legislativo, onde se tenta construir legalidade para processos de comprometimento do território e da vida desses povos”.

De volta para casa, dom Zenildo Lima reconhece que “de volta para casa é voltar para a arquidiocese de Manaus, é voltar para nosso Regional Norte1, é voltar para o espaço. Nós temos um caminho de sinodalidade, e nós voltamos mais comprometidos. As informações, as clarezas que a gente vai alcançando numa assembleia nacional nos ajudam depois a situar, a pontoar, a localizar esses desafios no nosso espaço, no nosso universo amazônico”.

Ele lembrou que “temos um caminho, temos uma pauta, temos pela frente um novo encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, temos uma retomada do Documento de Santarém. Nós vamos continuar o caminho que já fazemos como Igreja, que é um caminho do anúncio do Evangelho, que é um anúncio de Jesus Cristo encarnado, que é um anúncio do crucificado, ressuscitado, que é um anúncio de vida para todos, e vida em abundância no cuidado da casa comum, na perspectiva da ecologia integral, na vida que Deus quer para cada comum e para cada mulher”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1